Finanças & Wall Street

Esta é a nova administração do Banco Millennium Atlântico

Nelson Francisco Sul

1 Abril, 2025 - 07:16

Nelson Francisco Sul

1 Abril, 2025 - 07:16

O quarto maior banco em activo do sistema financeiro doméstico, valendo AOA 2 bilhões (US$ 2,1 mil milhões), o terceiro em depósitos e quinto em crédito, vai ser gerido por uma mulher, a primeira a exercer o alto cargo executivo de um banco de importância sistémica

O Banco Millennium Atlântico (BMA) informou o mercado, na noite desta segunda-feira, que fez uma alteração no Conselho de Administração e na Comissão Executiva. Conforme noticiado na sexta-feira pelo O Telegrama, a reunião da Assembleia-Geral terminou com os Accionistas a deliberarem a aprovação da lista única de candidatos aos órgãos e corpos sociais da entidade financeira cujo mandato será de quatro anos (2025-2028).

Assim, deixa a presidência do Conselho de Administração, António Assis de Almeida, tendo sido substituído por Elpídio Ferreira Lourenço Neto, que exercia funções de administrador independente. José Miguel Benlisman Schorcht da Silva Pessanha, que exercia funções de segundo vice-presidente, passa para primeiro vice-presidente, e Daniel Gustavo Carvalho dos Santos desce um degrau, saindo de segundo para terceiro vice-presidente.

Na Comissão Executiva, Isabel Regina Espírito Santo foi confirmada como presidente, em substituição de Miguel Raposo Alves. Entretanto, ao contrário da configuração anterior, os accionistas deliberaram pela criação de dois vice-presidentes, tendo sido indicados Marcelo Fernandes Costa e Ana Catarina Nunes de Souza e Sá, respectivamente.

Mauro André dos Santos Neves e Rui Marcelo Duque Barreto foram eleitos administradores executivos, ao passo que Waldemar Bento, Maria Cristina Santos Ferreira e Paulo Fernando Cartaxo Tomás desempenharão as funções de administradores independente.

O Banco Millennium Atlântico (BMA), resultado da fusão entre o Banco Millennium Angola (BMA) e o Banco Privado Atlântico (BPA), tendo sido oficializado em 2016, após a  aprovação do Banco Nacional de Angola (BNA), delineou três pilares como ciclo estratégico para os próximos quatro anos, nomeadamente: “enfoque em servir o segmento não bancarizado, permitindo desta forma assegurar a inclusão financeira de uma maior franja da população, reforçar a proposta de valor para o segmento bancarizado, entregando produtos e serviços diferenciados, adequados à evolução das suas necessidades; e assegurar a permanente adequação e reforço das competências do talento ATLANTICO”.

Refira-se que, em 2016, aquando daquela que foi a primeira fusão do sistema bancário angolano, a instituição havia conjecturado a sua entrada em bolsa, numa altura em que a Comissão do Mercado de Capitais previa o arranque do Mercado da Bolsa de Valores no ano da fusão dos dois bancos. Porém, apenas seis anos depois (2022) o mercado da bolsa entrou em funcionamento.

O BMA é, actualmente, e de acordo com os dados de 31 de Dezembro de 2024, o terceiro maior banco em captação de depósitos, quinto em crédito concedidos e com um activo avaliado em 2 biliões de kwanzas. Em termos de lucro, o banco situou-se na décima posição, com lucro de 16.8 mil milhões (US$ 10 milhões), tendo sido ultrapassado por três bancos não sistémico, nomeadamente o Banco Caixa Geral Angola (BCGA), Banco de Investimento Rural (BIR) e Banco de Crédito do Sul (BCS).

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