Citando os dados do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS), a segunda figura na hierarquia entre os auxiliares do Titular do Poder Executivo afirmou que o País registou cerca de 218 mil novos empregos formais em 2024, sendo este o maior registo alcançado nos últimos 10 anos, um crescimento de 20% em comparação com o ano de 2023, período em que foram registados 182 mil novos empregos.
“Estes dados referem-se a pessoas que descontaram para a segurança social e, em comparação aos anos anteriores, é o maior registo alcançado no sector formal da economia”, afirmou o ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, acrescentando que “está a ser feito um estudo para que o País possa ter estas estatísticas mensais sobre o emprego”, referindo-se aos registos do INSS.
Entretanto, os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) indicam que, até ao terceiro trimestre de 2024, a taxa de desemprego se fixou em 30,6%, também impactada pelo crescimento da população.
Fruto do desempenho económico registado a partir de 2021, Lima Massano afirmou que “a capacidade da economia para gerar novos empregos tem vindo a aumentar, com realce para o sector privado, que em termos acumulados, representou a maior parte dos empregos formais gerados nos últimos anos”.
Entretanto, analisando a dinâmica do mercado de trabalho no seu todo (segmento formal e informal), verifica-se que a taxa de desemprego ainda permanece num nível elevado, embora com alguma volatilidade, também impactada pelo crescimento da população.
E o que será preciso para a economia crescer? A resposta a esta pergunta, segundo o governante, o caminho passa por para uma economia assente na dinâmica do sector privado, “procurando alcançar um crescimento médio anual do sector não petrolífero em torno de 5%”.
É crucial manter a segurança alimentar como âncora do desenvolvimento económico e social, disse o Ministro de Estado, argumentando que “cerca de 3 milhões de famílias angolanas vivem do campo”.
Prosseguir com as reformas estruturais, incluindo a remoção progressiva dos subsídios aos combustíveis; manter a gestão prudente dos níveis de endividamento, para convergir com os níveis estabelecidos por Lei; dar continuidade dos investimentos em infraestruturas de apoio à actividade económica, sobretudo no domínio da energia eléctrica, águas, estradas, portos e aeroportos, conferindo maior competitividade ao ‘Feito em Angola’; promover Angola de forma a atrair investimento directo estrangeiro, particularmente em áreas de reconhecida complexidade técnica e tecnológica, como ocorre para a produção de medicamentos no país, são alguns passos que o governo deverá colocar em prática.
“Onde está e para onde vai a economia angolana” foi o tema da II edição do “Conversas Economia 100 Makas”, organizada pelo economista e jornalista Carlos Rosado de Carvalho, tendo decorrido nesta quarta-feira (2), em Luanda.
NOTA
Publicado às 19:58 GMT+1
Actualizado às 20:27 GMT+1