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José de Lima Massano: “2024 foi o ano que mais gerou emprego em Angola”

Adnardo Barros

3 Abril, 2025 - 19:58

Adnardo Barros

3 Abril, 2025 - 19:58

Os dados referem-se somente para os trabalhadores que descontam para a segurança social, segundo avançou o chefe da Coordenação Económica do Governo de João Lourenço, na II edição do "Conversas Economia 100 Makas", tendo como tema "onde está e para onde vai a economia angolana"

Citando os dados do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS), a segunda figura na hierarquia entre os auxiliares do Titular do Poder Executivo afirmou que o País registou cerca de 218 mil novos empregos formais em 2024, sendo este o maior registo alcançado nos últimos 10 anos, um crescimento de 20% em comparação com o ano de 2023, período em que foram registados 182 mil novos empregos.

“Estes dados referem-se a pessoas que descontaram para a segurança social e, em comparação aos anos anteriores, é o maior registo alcançado no sector formal da economia”, afirmou o ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, acrescentando que “está a ser feito um estudo para que o País possa ter estas estatísticas mensais sobre o emprego”, referindo-se aos registos do INSS.

Entretanto, os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) indicam que, até ao terceiro trimestre de 2024, a taxa de desemprego se fixou em 30,6%, também impactada pelo crescimento da população.

Fruto do desempenho económico registado a partir de 2021, Lima Massano afirmou que “a capacidade da economia para gerar novos empregos tem vindo a aumentar, com realce para o sector privado, que em termos acumulados, representou a maior parte dos empregos formais gerados nos últimos anos”.

Entretanto, analisando a dinâmica do mercado de trabalho no seu todo (segmento formal e informal), verifica-se que a taxa de desemprego ainda permanece num nível elevado, embora com alguma volatilidade, também impactada pelo crescimento da população.

E o que será preciso para a economia crescer? A resposta a esta pergunta, segundo o governante, o caminho passa por para uma economia assente na dinâmica do sector privado, “procurando alcançar um crescimento médio anual do sector não petrolífero em torno de 5%”.

É crucial manter a segurança alimentar como âncora do desenvolvimento económico e social, disse o Ministro de Estado, argumentando que “cerca de 3 milhões de famílias angolanas vivem do campo”.

Prosseguir com as reformas estruturais, incluindo a remoção progressiva dos subsídios aos combustíveis; manter a gestão prudente dos níveis de endividamento, para convergir com os níveis estabelecidos por Lei; dar continuidade dos investimentos em infraestruturas de apoio à actividade económica, sobretudo no domínio da energia eléctrica, águas, estradas, portos e aeroportos, conferindo maior competitividade ao ‘Feito em Angola’; promover Angola de forma a atrair investimento directo estrangeiro, particularmente em áreas de reconhecida complexidade técnica e tecnológica, como ocorre para a produção de medicamentos no país, são alguns passos que o governo deverá colocar em prática.

“Onde está e para onde vai a economia angolana” foi o tema da II edição do “Conversas Economia 100 Makas”, organizada pelo economista e jornalista Carlos Rosado de Carvalho, tendo decorrido nesta quarta-feira (2), em Luanda.

NOTA

Publicado às 19:58 GMT+1

Actualizado às 20:27 GMT+1

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Adnardo Barros

EDITOR DE FINANÇAS & WALL STREET

Adnardo José Barros é Editor de Finanças & Wall Street no O Telegrama. Começou a carreira de jornalista económico em 2021 no Jornal Mercado e, mais tarde, pela Forbes África Lusófona. Licenciado em Economia pela Universidade Católica de Angola (UCAN), foi técnico de contas no Banco BAI Microfinanças (BMF) e possui ainda formações em auditoria, contabilidade e fiscalidade.

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