Finanças & Wall Street

Angola passa a ter nove bancos no Pacto Global das Nações Unidas

Antunes Zongo

20 Agosto, 2024 - 20:23

Antunes Zongo

20 Agosto, 2024 - 20:23

O BFA é o mais recente membro a aderir aos Dez Princípios do pacto colectivo global das Nações Unidas e junta-se, assim, ao BCS, Millennium, BNI, YETU, VALOR, KEVE, Caixa Geral Angola e BAI. Os bancos signatários do pacto de sustentabilidade comprometem-se a rever, periodicamente, a implementação das metas definidas, como a transparência, a adopção das boas práticas de governance e a estarem alinhados com os ODS

São nove os bancos angolanos que gerem cerca de AOA 12,4 biliões (US$ 14 mil milhões) em activo, representando um peso de 60% sobre o activo total de toda a indústria a nível nacional, calculada em AOA 20,7 biliões (US$ 24,3 mil milhões – exceptuando o Banco Económico que não publicou o balancete do II trimestre de 2024), que já subscreveram os princípios de sustentabilidade das Nações Unidas.

O Banco de Crédito do Sul (BCS) foi a primeira instituição bancária do País a subscrever à iniciativa global das Nações Unidas, a 22 de Junho de 2022. O seu compromisso com a sustentabilidade levou a que a entidade financeira criasse um Comité de Sustentabilidade, tendo como objectivo o acompanhamento de forma estruturada e com um roadmap específico, os desenvolvimentos das iniciativas aprovadas.

Na visão da sua liderança, contida numa mensagem conjunta dos presidentes do conselho de administração e da comissão executiva, Cristina Dias Van-dúnem, e Rafael Arcanjo Kapose, respectivamente, “o compromisso do BCS com uma agenda que é global e da Humanidade, conforme repto lançado pela Organização das Nações Unidas, reforçou-se” com a publicação do “nosso primeiro relatório de sustentabilidade, intitulado Ano Zero”.

Na comunicação contida no relatório e contas 2023, a liderança do Banco de Crédito do Sul reforçou: “mantemo-nos, também, comprometidos em continuar a trabalhar os 3 pilares da sustentabilidade (ESG – Environmental Social and Governance)”.

Seguiu-se o Banco Millennium Atlântico, cujo registo foi confirmado a 15 de Agosto do ano transacto, conforme o comprovativo da Organização das Nações Unidas, com o banco a endossar num comunicado de imprensa a sua satisfação em aderir ao maior compromisso para “um futuro” global “mais justo, equitativo e ambientalmente responsável”.

Ainda em 2023, precisamente a 31 de Outubro, o Banco de Negócios Internacional (BNI) torna-se na terceira entidade financeira a aderir à iniciativa da ONU.

No décimo primeiro dia de Janeiro deste ano, o Banco Yetu subscreveu o documento global, seguindo-se o Banco Valor a 19 do mesmo mês e o Banco Caixa Geral Angola a 1 de Abril.

O Banco KEVE é um participante do pacto desde 4 de Julho do ano em curso, sendo que o seu progresso em relação à Carta de Compromisso deverá ser avaliado no terceiro trimestre do próximo ano.

O Banco Angolano de Investimentos (BAI) é, até ao momento, o antepenúltimo a subscrever a iniciativa da sustentabilidade, cujo registo na ONU foi efectuado no dia 31 de Julho.

O mais recente membro é o BFA, Banco de Fomento Angola, que se juntou a este clube a 13 de Agosto e que conta com mais de 300 bancos de toda a parte do mundo, prometendo-se em ser mais sustentáveis.

Os Dez Princípios do Pacto Global da ONU

Direitos humanos.

Princípio 1. As empresas devem apoiar e respeitar a proteção dos direitos humanos proclamados internacionalmente; e

Princípio 2. Certifique-se de que eles não sejam cúmplices de abusos de direitos humanos.

Trabalho.

Princípio 3. As empresas devem defender a liberdade de associação e o reconhecimento efetivo do direito à negociação coletiva;

Princípio 4. A eliminação de todas as formas de trabalho forçado e obrigatório;

Princípio 5. A abolição efetiva do trabalho infantil; e

Princípio 6. A eliminação da discriminação em matéria de emprego e profissão.

Ambiente.

Princípio 7. As empresas devem apoiar uma abordagem preventiva aos desafios ambientais;

Princípio 8. Empreender iniciativas para promover uma maior responsabilidade ambiental; e

Princípio 9. Incentivar o desenvolvimento e a difusão de tecnologias respeitadoras do ambiente.

Anticorrupção.

Princípio 10. As empresas devem trabalhar contra a corrupção em todas as suas formas, incluindo extorsão e suborno.

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