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Inflação sofre pressão e taxa sobe para 1,63% em Setembro

José Praia

14 Outubro, 2024 - 16:18

José Praia

14 Outubro, 2024 - 16:18

Índice de Preços no Consumidor Nacional (IPNC), indicador que mede a inflação mensal nos preços de bens de cesta básica em Angola, fixou-se em 1,63% no mês de Setembro do ano em curso, o que representa um regresso à aceleração de 0,02 ponto percentual (p.p.) face ao mês de Agosto

Depois de quatro meses consecutivos em que a taxa de inflação registou uma contínua desaceleração nos meses de Maio (2,42 %), Junho (2,07 %), Julho (1,68 %) e Agosto (1,61 %), em Setembro, a taxa de inflação fixou-se em 1,63%, representando um ligeiro aumento de 0,02 p.p. em comparação ao mês de Agosto.

Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) indicam que a inflação homóloga se situou em 29,93% em Setembro, reflectindo-se numa redução de 0,6 p.p. face ao mês de Agosto (30,53%).

A inflação acumulada fixou-se em 21,50%, correspondendo a um aumento de 1,95 p.p. em relação ao mês de Agosto do corrente ano, e um aumento de 9,28 p.p. quando comparado ao mês de Setembro de 2023, período em que a inflação acumulada havia atingido os 12,22%.

O valor da inflação acumulada sugere que se está a 1,9 p.p. para se atingir o valor previsto pelo Banco Nacional de Angola (BNA). A instituição responsável pela estabilização dos preços previu em baixa uma taxa de inflação de 23,4% até Dezembro deste ano.

Os dados da taxa de inflação por província mostram que a Lunda Sul, com com a taxa de inflação de 1,28% em Setembro, substitui as províncias do Huambo (1,26%) e Cuanza Sul (1,36%), como a parte territorial menos cara para se viver. Em contraste, Bengo, com uma taxa de inflação de 2,92%, Namibe (2,09%) e Cabinda (1,93%) destacam-se como as três (3) províncias mais caras para se viver, em três meses consecutivos, excluindo Cabinda que entrou para top 3 há dois meses consecutivos.

Luanda, depois de ser destronado do pódio no mês de Julho pela província do Namibe, agora ocupa a décima segunda posição, em consequência do abrandamento do consumo por parte das famílias.

Segundo os dados do INE, a classe da alimentação e bebidas não alcoólicas foi a que mais contribuiu para o aumento do nível geral de preços com 1 p.p. durante o mês de Setembro, seguida das classes de bens e serviços diversos com 0,10 p.p., Saúde e Educação com 0,09 p.p. cada, vestuário, Calçado e Hotéis, cafés e restaurantes com 0,07 p.p. cada. As restantes classes tiveram contribuições inferiores a 0,07 p.p.

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