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Vem aí anos mais difíceis, Angola regressa à lista cinzenta do GAFI

Nelson Francisco Sul

25 Outubro, 2024 - 18:09

Nelson Francisco Sul

25 Outubro, 2024 - 18:09

A decisão desta sexta-feira (25) acarretará consequências drásticas para a economia do país e representa um alerta internacional, tendo como consequência a redução da confiança de investidores estrangeiro e implicações para o sector bancário e financeiros

Angola, Argélia, Costa do Marfim e Líbano acabam de ser incluído à lista de jurisdições sujeitas a maior monitoramento, devido às suas debilidades em matéria de combate ao branqueamento de capitais.

Com esta inclusão, isso significa que, nos últimos anos, o país fez muito pouco em matéria de resolução e cumprimento das recomendações baixadas pelo organismo internacional responsável pelo monitoramento aos crimes de branqueamento de capitais, financiamento do terrorismo e financiamento da proliferação de destruição de armas em massa.

A decisão desta sexta-feira acarretará consequências drásticas para a economia e representá um alerta internacional, tendo como consequência a redução da confiança de investidores estrangeiros, afectando a percepção do mercado sobre a segurança de investir no país, levando à redução dos fluxos de investimento estrangeiro directo (IDE) e elevando os custos de capital para empresas angolanas.

Os custos de financiamento serão mais altos com bancos internacionais e credores mais cautelosos na relação com o país.

Por seu turno, o impacto reputacional fica afectada negativamente, especialmente em termos de governança e transparência, impactando as classificações de risco do país e sua posição em rankings de competitividade e transparência, como o Índice de Percepção da Corrupção, reduzindo a atractividade para parceiros comerciais.

Não menos importante será as implicações para o sector bancário e financeiro. As instituições financeiras locais enfrentarão maior pressão para adoptar controlos mais rigorosos contra lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo, com bancos correspondentes e/ou internacionais a evitarem um relacionamento com a banca nacional.

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