A medida, que envolve nações estratégicas como Arábia Saudita, Rússia, Iraque, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Cazaquistão, Argélia e Omã, visa sustentar os preços do petróleo em um contexto incerto de recuperação económica global. No encontro, foi estabelecido que a reintrodução gradual dos volumes cortados ocorrerá a partir de Abril. Tanto o WTI quanto o Brent, negociados nas bolsas de Nova York e Londres, encerraram o dia em queda de 1%.
Durante a Conferência Ministerial da OPEP+, os ministros reafirmaram o compromisso previamente delineado em 2023, que contempla a aplicação de cortes voluntários e adicionais na produção de petróleo, em articulação com os demais países-membros da aliança.
De acordo com o comunicado emitido pela organização, as medidas têm como objectivo mitigar os efeitos de um cenário global de volatilidade energética, assegurando a estabilidade dos preços e o equilíbrio do mercado petrolífero internacional.
O chamado “cartel dos 8”, formado por Arábia Saudita, Rússia, Iraque, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Cazaquistão, Argélia e Omã, decidiu prolongar os ajustamentos voluntários adicionais às suas produções de petróleo.
Pressão descendente
Esses cortes, que totalizam 2,2 milhões de barris por dia, permanecerão em vigor até Março de 2025. A decisão ilustra a preocupação do grupo com a persistente queda dos preços do petróleo, popularmente conhecido como “ouro negro”, em um contexto de incertezas económicas e desaceleração da demanda global, conforme sublinhado pela organização no referido comunicado.
Na reunião, também foi acordado prolongar o corte na produção diária por mais um ano, até ao final de 2026, o resto dos cortes acordados por 19 dos 22 países-membros da aliança, num total de 3,66 milhões de barris por dia.
Os ministros do cartel mantêm a sua “abordagem cautelosa, pró-activa e preventiva” na definição das suas políticas petrolíferas.
No entanto, o prolongamento dos cortes de produção decorre da pressão descendente exercida sobre os preços do petróleo, atribuída ao enfraquecimento da demanda na China e ao aumento da oferta nos Estados Unidos. Conforme destacado na nota oficial, o grupo adiou, por duas vezes, a entrada em vigor do pacto, como forma de reagir estrategicamente às condições adversas do mercado e preservar a estabilidade do sector energético global.