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Inflação volta a acelerar em Novembro

Bernardo Bunga

13 Dezembro, 2024 - 10:48

Bernardo Bunga

13 Dezembro, 2024 - 10:48

No panorama inflacionista do corrente ano, o mês de Outubro destacou-se pelo registo do índice mais baixo, configurando-se como o ponto de menor variação no Índice de Preços ao Consumidor Nacional (IPCN). Contudo, Novembro rompeu com esta ´tendência´ ao apresentar uma aceleração de 0,06 pontos percentuais (p.p.) em relação ao período anterior, fixando a taxa mensal em 1,61%

Os dados divulgados, nesta quinta-feira (12), pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), revelam que o Índice de Preços no Consumidor Nacional (IPCN) apresentou uma variação mensal de 1,61% entre os meses de Outubro e Novembro do presente ano.  Este comportamento rompe com a trajectória de desaceleração observada no décimo mês do ano, cujo registo foi de 1,55%, representando, assim, um incremento de 0,06 pontos percentuais (p.p.) no ritmo inflacionista no referido período.

A taxa de inflação anual, medida pela variação homóloga, manteve uma trajectória de desaceleração pelo quarto mês consecutivo, com reduções progressivas registadas nos meses de Agosto (30,09%), Setembro (29,93%), Outubro (29,17%) e Novembro (28,41%).

Apesar desta tendência de desaceleração, observa-se que a inflação anual de Novembro apresenta ainda um acréscimo significativo de 10,22 pontos percentuais (p.p.) em relação ao valor verificado no mesmo período do ano anterior, Novembro de 2023.

Importa destacar que, embora em declínio, o nível de inflação permanece acima da meta estabelecida pelo Banco Nacional de Angola (BNA), fixada em 23,4% para o final de 2024, evidenciando um desvio em relação às expectativas de política monetária delineadas para o período.

“A classe “Alimentação e bebidas não alcoólicas” foi a que mais contribuiu para o aumento do nível geral de preços com 1,06 p.p. durante o mês de Novembro, seguida das classes: “Bens serviços diversos” com 0,12 ponto percentual, “Saúde” com 0,10 p.p. e “Vestuário e Calçado” com 0,08 p.p.. As restantes classes tiveram contribuições inferiores a 0,08 p.p.”, destaca a instiuição resposável pelos dados estatísticos de Angola.

As províncias da Lunda Sul (1,34%), Huambo (1,37%) e Malanje (1,41%) apresentaram as menores variações nos preços durante o período analisado, destacando-se como as regiões com o comportamento mais moderado no IPCN. Em contrapartida, as províncias de Cabinda (2,46%), Namibe (2,38%) e Lunda Norte (2,17%) registaram as maiores variações, configurando-se como as localidades com maior pressão inflacionista no período em questão.

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Bernardo Bunga

EDITOR DE ECONOMIA & OIL

Bernardo Bunga é Editor de Economia & Oil no O Telegrama e possui mais de 5 anos de experiência em análise económica e planeamento financeiro. Licenciado em Economia pela Universidade Católica de Angola (UCAN), detém, também, o bacharel em Gestão Financeira pela Faculdade de Economia da Universidade Agostinho Neto (UAN). Fez parte da equipa de consultores que prestou consultoria ao Banco Mundial, ao Ministério do Planeamento e ao Ministério das Finanças para a harmonização de salários e subsídios dos projectos da representação em Angola do Banco Mundial. Actuou como consultor na Global Education e na Knowledge – Consultores & Auditores. Possui formações em planeamento e estratégia de tomada de decisão, teoria das restrições – Lean e Six Sigma (TLS), Excel Avançado e Análise de Dados.

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