Desde o passado dia 11 de Dezembro, as equipas do Instituto de Desenvolvimento Local- FAS, técnicos da Acção Social e das Administrações Locais e Comunais, em colaboração com os mistérios do Interior e da Defesa, e vários jornalistas de diversos órgãos de comunicação social, incluído o O Telegrama, percorreram mais de 5000 quilómetros, para fazer chegar e testemunhar a entrega de valores monetários aos beneficiários, que são as famílias em condições de vulnerabilidade e pobreza estrema.
Na quinta-feira (12), deu-se início às transferências sociais monetárias de 268 agregados familiares, nas aldeias de Catete, Camissanga, Jinga Luamba e Quigiba, pertencentes ao município de Cambambe, província de Malanje, que receberam um total de AOA 17,69 milhões (US$ 19,39 mil) referentes à terceira e quarta prestações, fazendo parte da primeira componente do programa Kwenda.
O mais alto mandatário do FAS naquela circunscrição territorial, Gomes Golambole, assegurou que, “a nível da província, estão a ser dados “os seus passos, sendo que, entre os 14 municípios, 7 já estão inseridos no âmbito do programa Kwenda”.
O responsável revelou que, entre os sete inseridos, já foram cadastrados e pagos 40 680 famílias, com um desembolso de AOA 3,16 mil milhões (US$ 3,46 milhões ) da primeira à quarta prestações.
Depois de um dia de descanso, no sábado, 14, partimos para a província do Huambo, onde 22 575 famílias, no município de Ecunha, concretamente na comuna de Chipeia, beneficiaram de um montante de AOA 92,33 milhões (US$ 101,20 mil).
A directora provincial do FAS, Chimuma de Oliveira, revelou que foram cadastrados, até à data, mais de 209 000 famílias no âmbito do programa Kwenda.
A nível da província do Huambo, concretamente nos municípios do Bailundo, Cachiungo, Ecunha, Mungo e Londuimbale, foram desembolsados AOA 19,40 mil milhões (US$ 21,27 milhões), da primeira à quinta prestação.
No domingo (15), ainda na província do Huambo, fomos ver de perto o impacto do Kwenda na vida das famílias, no município de Cachiungo. No local, falámos com Rodrino Calei, que havia recebido AOA 66 mil, e AOA 95 mil, referentes à primeira e segunda prestações, e constátamos que investiu na produção de ananás. O beneficiário António Foste, habitante do mesmo município, investiu no cultivo de milho e batata, e outros no cultivo de cebola e criação de gados caprinos.
Tendo em conta as chuvas torrenciais, na segunda-feira (16) impunha-se uma paragem nos trabalhos. Na terça-feira (17), deixámos o Huambo e seguimos para o Cuanza-Norte, onde o FAS desembolsou pouco mais de AOA 343,39 milhões (US$ 376,37 mil), abrangendo 5 203 famílias do município de Samba Caju. É a primeira vez que o município beneficia do programa de fortalecimento de protecção social Kwenda.
Visitamos também o município do Golungo Alto, que beneficiou de primeira e segunda prestações, cujo montante não foi divulgado por ausência do responsável máximo da entidade na província. Constatámos in loco os investimentos de alguns beneficiários, entras outras, como a de Catarina Alfredo e Joana Miguel, depois de receberem a primeira e segunda prestações do Kwenda. No terreno, vimos uma produção artesanal de óleo de palma.
“O custo da produção de 1 tambor de óleo de palma chega até AOA 25 mil, e a venda pode atingir AOA 40 mil. No final das contas, o lucro de AOA 15 mil dá para sobreviver e a próxima produção servirá para investir na casa”, disse uma das beneficiárias.
Num périplo de uma semana, o organismo dirigido por Belarmino Jelembi distribuiu pouco mais de AOA 453,41 milhões (US$ 496,96 mil), beneficiando mais de 28 046 famílias vulneráveis nos municípios de Cambambe, Ecunha e Samba Caju.
No global, desde 2020 à presente data, saíram do cofre do Kwenda, AOA 22,90 mil milhões, pouco mais de US$ 25,11 milhões para mais de 254 883 famílias das três províncias, sem contar com o desembolso para as famílias do município do Golungo Alto (Cuanza Norte).