Em Foco

BNA mantém inalterada taxa de juro pela quarta vez consecutiva

Bernardo Bunga

21 Janeiro, 2025 - 17:20

Bernardo Bunga

21 Janeiro, 2025 - 17:20

A decisão ocorre em meio à persistência de pressões no mercado cambial, em que o dólar e o euro permanecem acima de AOA 900, tendo o dólar fixado em 912 kwanzas, desde 23 de Dezembro de 2024. A inflação encerrou 2024 com uma taxa acumulada de 27,5%, registando um aumento de 7,5 pontos percentuais (p.p.) em relação aos 20% observado no ano anterior

Na primeira reunião de 2025, realizada esta terça-feira, o Banco Central decidiu não mexer na política monetária. Neste encontro, que constitui uma das principais instâncias de formulação e execução da política monetária no país, teve como ponto culminante a análise do comportamento recente da inflação no decurso de 2024, onde a taxa de inflação homóloga foi a mais alta nos últimos oito anos.

Hoje, às 15 horas, o governador do BNA, Manuel Tiago Dias, apresentou as deliberações do Comité de Política Monetária (CPM), destacando a decisão de manter inalteradas as taxas de juro das facilidades permanentes. Assim, a taxa da Facilidade Permanente de Cedência de Liquidez permanece em 20,5%, enquanto a Facilidade Permanente de Absorção de Liquidez foi mantida em 18,5%. Além disso, foi confirmada a manutenção da taxa básica de juro (Taxa BNA) em 19,5%.

Já o coeficiente de reservas obrigatárias seguiu um caminho contrário em relação às taxas de juro, reduzidas de 21% para 20%.

Para o ano de 2025, o BNA estabeleceu uma meta de inflação de 17,5% até ao final do ano, projectando uma redução da inflação homóloga já até Junho do corrente ano. No entanto, o governador destacou que essas projecções não consideram eventuais variações nos preços dos combustíveis no mercado nacional.

Em 2024, as reservas internacionais situaram-se em US$ 15,6 mil milhões, um valor que o banco central atribui, em grande medida, aos retornos provenientes das suas aplicações financeiras e à valorização do ouro.

Partilhar nas Redes Sociais

Bernardo Bunga

EDITOR DE ECONOMIA & OIL

Bernardo Bunga é Editor de Economia & Oil no O Telegrama e possui mais de 5 anos de experiência em análise económica e planeamento financeiro. Licenciado em Economia pela Universidade Católica de Angola (UCAN), detém, também, o bacharel em Gestão Financeira pela Faculdade de Economia da Universidade Agostinho Neto (UAN). Fez parte da equipa de consultores que prestou consultoria ao Banco Mundial, ao Ministério do Planeamento e ao Ministério das Finanças para a harmonização de salários e subsídios dos projectos da representação em Angola do Banco Mundial. Actuou como consultor na Global Education e na Knowledge – Consultores & Auditores. Possui formações em planeamento e estratégia de tomada de decisão, teoria das restrições – Lean e Six Sigma (TLS), Excel Avançado e Análise de Dados.

Leia também

error: Content is protected !!

Leia o principal veículo de informação financeira de Angola

CONTEÚDO PREMIUM DESDE

AOA 1.999/Mês