Vera Daves de Sousa apresentou, nesta segunda-feira, em Luanda, o plano anual de endividamento para 2025, tendo, diante do cenário desafiador da elevada dívida pública acumulada nos últimos três anos, numa média anual de US$ 16 mil milhões, detalhado a postura do ministério responsável pela condução e execução da política de finanças públicas.
De acordo com a ministra das Finanças, nos últimos três anos, o País enfrentou “com perseverança um serviço de dívida gigantesco, em média o equivalente a USD 16 mil milhões”, tendo frisado a trajectória descendente com o maior credor bilateral de Angola.
“Colocamos a dívida com a China, o nosso maior credor, numa trajectória equilibrada”, afirmou Vera.
Os dados mais recentes, referentes ao terceiro trimestre de 2024, segundo o relatório de execução do Orçamento Geral do Estado (OGE), indicam que a dívida de Angola com a China estava estipulada em US$ 2,62 mil milhões, representando cerca de 71% do total da dívida bilateral do País.
Em relação aos Eurobonds, a ministra frisou que, “no mercado internacional, com uma abordagem proactiva, antecipamos parte do vencimento da Eurobonds vincendas em 2025, de tal modo que, dos USD 1,5 milhões (mil e quinhentos milhões de dólares) inicialmente emitidos, temos um remanescente de USD 864 milhões para reembolsar em Novembro deste ano”.
Para 2025, Angola prevê um serviço de dívida governamental na ordem de AOA 13 263,31 mil milhões (US$ 13,53 mil milhões), e a captação de recursos em torno de AOA 14 638,07 mil milhões (US$ 14,93 mil milhões).
Em termos de endividamento global, espera-se que, ao final do exercício de 2025, o stock da dívida pública se situe em torno de AOA 57 473,96 mil milhões (US$ 58,61 mil milhões), o que corresponderá a cerca de 63% do Produto Interno Bruto (PIB) do País.