Depois de ter registado um prejuízo de AOA 2,48 mil milhões, equivalente a US$ 2,9 milhões no exercício económico de 2023, o russo VTB África viu o prejuízo reduzir 73% para AOA 670 milhões, qualquer coisa como US$ 734,98 mil, de acordo com os dados apurados no balancete do IV trimestre de 2024.
O banco de origem russa atinge, assim, o menor prejuízo depois de um registo de 6,5 mil milhões (US$ 7,86 milhões) em 2022.
Apesar do prejuízo, causado, essencialmente, pelas sanções ocidentais, as rubricas não auditadas das demonstrações financeiras apontam que a riqueza do banco (activo) teve um aumento de 3% para AOA 137,08 mil milhões (US$ 150,31 milhões) face aos AOA 132,98 mil milhões (US$ 160,45 milhões) do período homólogo.
Este crescimento foi impulsionado pela rubrica “disponibilidade” que teve uma alta de 7,4%, contabilizando AOA 113 mil milhões (US$ 123,9 milhões), quando, em 2023, estavam estimados em AOA 105 mil milhões (US$ 126 milhões).
A instituição financeira reduziu a carteira de crédito na ordem dos 53% para AOA 4,16 mil milhões (US$ 4,57 milhões) em relação a AOA 8,85 mil milhões (US$ 10,68 milhões) do ano 2023. Seguiu-se a redução da carteira de títulos do tesouro, saindo de AOA 9,97 mil milhões (US$ 12 milhões) para 5,77 mil milhões( US$ 6 milhões), uma queda de 42%.
Entretanto, os recursos de clientes tiveram um aumento na ordem de 6% para AOA 127,53 mil milhões (US$ 139,84 milhões) face os AOA 120,53 mil milhões (US$ 145,42 milhões).
O passivo, rubrica que incorpora as obrigações, dívidas e despesas financeiras do banco, tem aumento ligeiro de 4% para AOA 129,79 mil milhões (US$ 142,31milhões), em comparação ao período homólogo, quando se fixou a AOA 124,92 mil milhões (US$ 150,73 milhões).
Os accionistas revelaram pouca capacidade financeira a julgar pelo registo de queda de 24% na rubrica fundos próprios, saindo de AOA 10,53 mil milhões (US$ 12,70 milhões) para AOA 7,95 mil milhões (US$ 8,72 milhões), muito abaixo do mínimo exigido pelo regulador bancário, que obriga as instituições financeiras bancárias a manter o capital social mínimo na banda de AOA 15 mil milhões.