Finanças & Wall Street

BPC apresenta lucro estável, mas tomba em quase todas as rubricas

Adnardo Barros

12 Fevereiro, 2025 - 16:12

Adnardo Barros

12 Fevereiro, 2025 - 16:12

O Banco de Poupança e Crédito (BPC) reportou, nesta quarta-feira (12), lucro líquido de AOA 116,4 mil milhões, equivalente a 127,6 milhões de dólares norte-americanos, aumentando uma ligeira percentagem de 0,004% face aos resultados obtidos em 2023, cifrados em AOA 115,9 mil milhões (US$ 140 milhões)

É o segundo ano consecutivo que o banco estatal comercial voltou a apresentar resultado positivo depois de sete anos consecutivos a patinar no prejuízo, o que o coloca na quarta posição entre os bancos mais lucrativos do país.

Na componente fundos próprios, o resultado do último trimestre de 2024 calculou um salto de 400% para AOA 129,8 mil milhões (US$ 142 milhões), em consequência do plano de recapitilização e reestruturação do banco presidido por Luzolo Adriano Neto Espírito Santo de Carvalho.

Os números mostram que a carteira de crédito cresceu 4%, tendo somado AOA 379 mil milhões (US$ 416 milhões), sendo que o património líquido se fixou em AOA 246 mil milhões (US$ 269 milhões).

O volume de negócios consentiu uma retaguarda nos 366 dias do ano transacto, o que afectou fortemente o activo do banco, que saiu de AOA 2 biliões (US$ 2,4 mil milhões) em 2023 para 1,5 biliões (US$ 1,6 mil milhões), uma queda de 26%.

Outra nota negativa foi a diminuição da sua liquidez, 37% abaixo do reportado no final de 2023, estando agora calculado em AOA 226 mil milhões (US$ 248 milhões). O balancete do IV trimestre espelha que os investimentos em títulos e valores mobiliários fixaram em AOA 606 mil milhões (US$ 665 milhões) ante aos AOA 898 mil milhões (US$ 1,08 mil milhões) do igual período homólogo.

A rubrica “crédito e sistema de pagamentos” também registou uma queda de 48% para 72 mil milhões (US$ 79 milhões), depois de, em 2023, ter contabilizado AOA 141 mil milhões (US$ 171 milhões).

O BPC mostrou, igualmente, uma fraqueza na captação dos depósitos, com a rubrica recursos de clientes a cair 9%. O documento contábil fechou com AOA 1,08 biliões (US$ 1,1 mil milhões) contra os AOA 1,18 biliões (US$ 1,4 mil milhões) do período homólogo.

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Adnardo Barros

EDITOR DE FINANÇAS & WALL STREET

Adnardo José Barros é Editor de Finanças & Wall Street no O Telegrama. Começou a carreira de jornalista económico em 2021 no Jornal Mercado e, mais tarde, pela Forbes África Lusófona. Licenciado em Economia pela Universidade Católica de Angola (UCAN), foi técnico de contas no Banco BAI Microfinanças (BMF) e possui ainda formações em auditoria, contabilidade e fiscalidade.
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