É o segundo ano consecutivo que o banco estatal comercial voltou a apresentar resultado positivo depois de sete anos consecutivos a patinar no prejuízo, o que o coloca na quarta posição entre os bancos mais lucrativos do país.
Na componente fundos próprios, o resultado do último trimestre de 2024 calculou um salto de 400% para AOA 129,8 mil milhões (US$ 142 milhões), em consequência do plano de recapitilização e reestruturação do banco presidido por Luzolo Adriano Neto Espírito Santo de Carvalho.
Os números mostram que a carteira de crédito cresceu 4%, tendo somado AOA 379 mil milhões (US$ 416 milhões), sendo que o património líquido se fixou em AOA 246 mil milhões (US$ 269 milhões).
O volume de negócios consentiu uma retaguarda nos 366 dias do ano transacto, o que afectou fortemente o activo do banco, que saiu de AOA 2 biliões (US$ 2,4 mil milhões) em 2023 para 1,5 biliões (US$ 1,6 mil milhões), uma queda de 26%.
Outra nota negativa foi a diminuição da sua liquidez, 37% abaixo do reportado no final de 2023, estando agora calculado em AOA 226 mil milhões (US$ 248 milhões). O balancete do IV trimestre espelha que os investimentos em títulos e valores mobiliários fixaram em AOA 606 mil milhões (US$ 665 milhões) ante aos AOA 898 mil milhões (US$ 1,08 mil milhões) do igual período homólogo.
A rubrica “crédito e sistema de pagamentos” também registou uma queda de 48% para 72 mil milhões (US$ 79 milhões), depois de, em 2023, ter contabilizado AOA 141 mil milhões (US$ 171 milhões).
O BPC mostrou, igualmente, uma fraqueza na captação dos depósitos, com a rubrica recursos de clientes a cair 9%. O documento contábil fechou com AOA 1,08 biliões (US$ 1,1 mil milhões) contra os AOA 1,18 biliões (US$ 1,4 mil milhões) do período homólogo.