No final do exercício económico do ano transacto, o Banco Sol reportou um resultado negativo de AOA 6,5 mil milhões, cerca de 7,1 milhões de dólares norte-americanos, em contraste com o lucro de AOA 17 mil milhões (US$ 20,6 milhões) obtido em 2023.
De acordo com os dados constantes nas demonstrações financeiras da entidade, sujeito ao parecer do auditor independente, o colapso nos lucros tem origem na elevada linha de crédito malparado. Uma situação que contaminou o activo do banco, que saiu da escala de AOA 1 bilião (US$ 1,2 mil milhões) para AOA 990 mil milhões (US$ 1,08 mil milhões), um recuou de 1%.
Da leitura do balancete, as principais rubricas do volume de negócios tiveram um declive. Os investimentos em activos financeiros da rubrica títulos e valores mobiliários caíram 2% para AOA 385 mil milhões (US$ 423 milhões) depois de contabilizar AOA 392 mil milhões (US$ 473 milhões) no igual período homólogo.
A carteira de crédito foi a que registou a maior queda, saindo de AOA 277 mil milhões (US$ 335 milhões) para AOA 130 mil milhões (US$ 142 milhões), um emagrecimento de 53%.
Igualmente, os depósitos reduziram na ordem dos 3% para AOA 809 mil milhões (US$ 887 milhões), sendo que, em 2023, o documento contábil calculou em AOA 833 mil milhões (US$ 1,01 mil milhões).
Na mesma dinâmica de perda assistiu-se a um recuo de 15% na rubrica “disponibilidades”, ao fechar o exercício económico com AOA 163 mil milhões (US$ 179 milhões) em caixa e bancos centrais.
Os fundos próprios tiveram um desempenho positivo e cresceram 11%, estando agora a valer AOA 82 mil milhões (US$ 90,7 milhões) ante os 74 mil milhões (US$ 90,3 milhões).
Para tirar as contas no vermelho, a gestão de Osvaldo Lemos Macaia tem em vista um processo de recapitalização e reestruturação para os próximos dois anos, que prevê mobilizar a injecção de dinheiro fresco, optar por um processo de outsourcing, entre outras medidas.