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A tradição que Melania Trump quebrou duas vezes nos EUA

Diogo Max

13 Novembro, 2024 - 21:29

Diogo Max

13 Novembro, 2024 - 21:29

Futura primeira-dama americana recusou encontro com Jill Biden

As 13 colônias que mais tarde formariam os Estados Unidos da América deram início em 1789 a um experimento que se tornou modelo para o mundo contemporâneo. Embora repleta de contradições e peculiaridades, a primeira democracia moderna valoriza suas tradições, e uma delas é a transição pacífica de poder. Abalada em 2021, ela agora enfrenta novo desafio em 2025.

Se por um lado o presidente-eleito, Donald Trump, aceitou o convite para se encontrar nesta quarta-feira com o atual mandatário, Joe Biden, a futura primeira-dama, Melania, recusou o encontro com Jill.

Trump e Biden se encontram na Casa Branca em 2024 ©Al Drago/Bloomberg

Em 2020, a esposa de Trump quebrara também a tradição, não convidando Jill para tomar chá e conhecer os cômodos privativos da Casa Branca.

Os motivos não estão claros, mas Melania já esteve na residência oficial e escritório do chefe do executivo dos Estados Unidos anteriormente. Além disso, segundo a “CNN”, a futura primeira-dama não deve morar em Washington integralmente durante o segundo mandato de Trump.

Seja como for, essa tradição “tácita” (a Constituição americana não versa sobre o papel da primeira-dama) tem o objetivo de preparar a mudança do presidente-eleito e de sua família para Casa Branca — o papel da primeira-dama, no entanto, não se resume a isso e vai além, variando ao longo do tempo.

“Essas visitas tornam a presidência – e todos os papéis familiares que a acompanham – mais conectados à humanidade das pessoas que as exercem”, conta Kate Andersen Brower, autora de “First Women: The Grace and Power of America’s Modern First Ladies (Primeiras Mulheres: A Graça e Poder das Primeiras-Damas da América Moderna, em uma tradução livre), em um artigo publicado em 2020, quando Trump perdeu a eleição para Biden.

A tradição teve início em 1952, com Bess Truman e Mamie Eisenhower, esposas de Harry e Dwight, respectivamente. De acordo com Associação Histórica da Casa Branca, em primeiro de dezembro daquele ano, Bess deu a Mamie um tour oficial pela Casa Branca, semanas após a eleição.

Visita entre Mamie Eisenhower (à direita) e Bess Truman (à esquerda) na Casa Branca © DR 

As duas mulheres, ainda segundo a Associação, construíram “uma amizade duradoura”.

“As duas permaneceram amigas por anos. Ambas ficaram viúvas em 1974, mas a senhora Eisenhower ainda visitava a senhora Truman no Missouri durante sua viagem anual da Pensilvânia para o local do enterro de seu marido em Abilene, Kansas”, afirma a Associação Histórica da Casa Branca.

De lá para cá, essa tradição foi mantida, inclusive na transferência de poder entre Barack Obama e Trump, em 2016, quando Michelle convidou Melania para Casa Branca.

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