Os partidos da oposição começaram a fazer pressão sobre o presidente francês, Emmanuel Macron, logo após a destituição do Governo, liderado por Michel Barnier, na sequência de uma moção de censura com 331 votos favoráveis da coligação de esquerda Nova Frente Popular (NFP) e da extrema-direita, União Nacional.

A líder da União Nacional (RN, sigla em francês), Marine Le Pen, acusou Macron de ser “o grande responsável pela situação atual”, ainda que sem pedir a demissão do presidente. No entanto, alertou, “a pressão sobre o Presidente da República será cada vez mais forte”.

Le Pen declarou ainda que quer “deixar o próximo primeiro-ministro trabalhar”. “Vamos construir juntos, com todas as forças presentes na Assembleia Nacional, um orçamento que seja aceitável para todos”, acrescentou.

O atual líder da RN, Jordan Bardella, porém, pareceu descartar a ideia de um primeiro-ministro do seu partido, considerado que “não duraria muito”.

Já a líder parlamentar do partido de extrema-esquerda França Insubmissa (LFI), Mathilde Panot, pediu a Macron para que “vá embora”. “O caos não somos nós, é Emmanuel Macron há sete anos”, insistiu.

Olivier Faure, do Partido Socialista, acredita que a moção de censura crie “condições para um novo começo, um novo método, e não simplesmente censurar e considerar que o trabalho está feito”.

Por outro lado, o ministro da Economia, Antoine Armand, acusou o NFP e o RN de se misturarem para “destabilizar o país”.