No seu mais recente relatório publicado no início desta semana, em Washington, o documento produzido pelo gabinete dos economistas-chefe para a Região de África do Banco Mundial, que tem à testa a ganense Victoria Kwakwa e o mauritano Ousmane Diagana, assegura que “as perspectivas de crescimento para 2025-26 vão continuar a ser limitadas”, devido à “lenta implementação de reformas estruturais que promoveriam a diversificação económica” de Angola.
Segundo os economistas de Bretton Woods, prevê-se que a inflação no consumidor atinja um pico até final de Dezembro de 2024, com as estimativas a apontar para 27,4%, devendo as pressões inflacionistas diminuir gradualmente em 2025-26 para 16,1%, atribuída “a uma política monetária mais restritiva e à consolidação orçamental”.
A acontecer o que os especialistas do Banco Mundial preveem para 2024, isto significa que a inflação a registar estará 4 ponto percentual acima da meta prevista pelo Banco Nacional de Angola (BNA), fixada em 23,4%.
Crescimento do PIB
Entretanto, para o PIB nacional, que mede a soma total de produção de bens e serviços finais dentro do território, o relatório Africa’s Pulse (Pulsar de África) diz que este deverá acelerar de 1% em 2023 para 3,2% em 2024.
Segundo os economistas de Bretton Woods, o crescimento da actividade económica foi sustentado pela “melhoria dos pontos que limitam o aumento da produção petrolífera, como as paragens para a manutenção dos principais campos petrolíferos”.
Em relação à dívida pública, o documento destaca que o rácio sobre o PIB deverá reduzir 12 p.p., saindo de 84% em 2023 para 72% até o fim deste ano e, em 2025, volta a emagrecer para 64%, menos de 8 p.p.
No documento, são também apresentadas as previsões para os países da África subsaariana, que o Banco Mundial prevê um crescimento de 3% este ano e 4% no ano seguinte (2025).