Na primeira reunião de 2025, realizada esta terça-feira, o Banco Central decidiu não mexer na política monetária. Neste encontro, que constitui uma das principais instâncias de formulação e execução da política monetária no país, teve como ponto culminante a análise do comportamento recente da inflação no decurso de 2024, onde a taxa de inflação homóloga foi a mais alta nos últimos oito anos.
Hoje, às 15 horas, o governador do BNA, Manuel Tiago Dias, apresentou as deliberações do Comité de Política Monetária (CPM), destacando a decisão de manter inalteradas as taxas de juro das facilidades permanentes. Assim, a taxa da Facilidade Permanente de Cedência de Liquidez permanece em 20,5%, enquanto a Facilidade Permanente de Absorção de Liquidez foi mantida em 18,5%. Além disso, foi confirmada a manutenção da taxa básica de juro (Taxa BNA) em 19,5%.
Já o coeficiente de reservas obrigatárias seguiu um caminho contrário em relação às taxas de juro, reduzidas de 21% para 20%.
Para o ano de 2025, o BNA estabeleceu uma meta de inflação de 17,5% até ao final do ano, projectando uma redução da inflação homóloga já até Junho do corrente ano. No entanto, o governador destacou que essas projecções não consideram eventuais variações nos preços dos combustíveis no mercado nacional.
Em 2024, as reservas internacionais situaram-se em US$ 15,6 mil milhões, um valor que o banco central atribui, em grande medida, aos retornos provenientes das suas aplicações financeiras e à valorização do ouro.