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Estado da Nação. Cada angolano tem 623 dólares da riqueza nacional

José Praia

16 Outubro, 2024 - 19:06

José Praia

16 Outubro, 2024 - 19:06

No discurso sobre o Estado da Nação, o Presidente João Lourenço enfatizou o crescimento médio da economia para 4,3% no segundo trimestre, reconhecendo, entretanto, que, “embora permaneça a pressão inflacionista na nossa economia”, o seu governo tem vindo a tomar “um conjunto de medidas e acções no sentido de reduzir o custo de vida que aflige” os angolanos

Embora a economia tenha crescido 4,3% no segundo trimestre, o PIB per capita, indicador utilizado para avaliar o rendimento médio da população, diverge com a realidade de vida da população existente em todo território nacional.

A título de exemplo, usando os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre o PIB do segundo trimestre deste ano, em termos monetários, a produção de AOA 18,7 biliões (US$ 21,91 mil milhões) e o número estimado da população de 35 121 734 pessoas, indicam que o PIB per capita foi de AOA 532,43 mil (US$ 623,73).

O que significa dizer que, da produção feita internamente, em média, cada angolano se beneficiou com cerca de 623,73 dólares norte-americano, valor muito abaixo do rendimento dos países classificados como de baixo rendimento, de acordo com a classificação estabelecida pelo Banco Mundial, que são os países com um PIB per capita inferior a US$ 1.135.

Apesar deste quadro, o chefe do governo afirmou, no seu discurso sobre o Estado da Nação, que dias melhores estão por vir. “Embora permaneça a pressão inflacionista na nossa economia, um conjunto de medidas e acções vêm sendo feitas no sentido de reduzir o custo de vida que aflige os trabalhadores e os cidadãos no geral”.

João Lourenço acrescentou, por outro lado, que, “até junho do corrente ano, o rácio da dívida pública governamental sobre o PIB atingiu os 67,2%, confirmando a tendência de um endividamento público responsável”. Cálculos feitos pelo O Telegrama indicam que a percentagem representa uma diminuição de 20,8 pontos percentuais, quando comparado com 88% registado em 2023.

Sobre “os desafios de crescimento sustentável”, o Presidente Lourenço reconhece que “ainda são elevados”, mas prometeu aos angolanos que o seu governo continuará a trabalhar para a sua consolidação.

“Continuaremos a trabalhar para consolidar a reestruturação da economia nacional, como aumentar a produção nacional, particularmente de bens alimentares, diminuir a dependência dos choques externos, estabilizar os preços dos principais produtos de consumo e assim assegurar a prosperidade de todos”, afirmou João Lourenço.

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