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Inflação, o cancro da economia angolana disparou e atingiu 31% em Junho

José Praia

12 Julho, 2024 - 19:58

José Praia

12 Julho, 2024 - 19:58

Pela décima terceira vez consecutiva, a inflação, o cancro da economia angolana, acelerou para 31% no mês de Junho, registando um acréscimo de 19,75 pontos percentuais, em relação à observada no igual período em 2023

Numa comparação homóloga anual em relação à registada no mês anterior, observou-se um disparo de 0,84 ponto percentual, de acordo com a Folha de Informação Rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE), publicada 12 de Junho.

A previsão dos analistas do departamento africano da consultora britânica Oxford Economic viu a lupa quando em Abril profetizaram que a “inflação de Junho ficaria acima dos 31%”. Faltou apenas 0,89 ponto percentual para se atingir o marco do maior registo em sete anos, quando a inflação de Angola em 2017 havia acelerado em Maio daquele ano para 31,89%, segundo dados oficiais, tornando o custo de vida dos angolanos cada vez mais insuportável.

O Índice de Preço Nacional do Consumidor (IPNC) registou uma alteração no preço geral de 2,07%, e uma desaceleração de 0,42 pontos percentuais de alteração mensal, entre Maio a Junho deste ano.

Em termos homólogo anual, entre Junho de 2023 e Junho de 2024, registou-se uma alteração no preço, acelerando para 0,66 ponto percentual.

Das 18 províncias existentes em Angola, Luanda continua a ser a cidade mais cara para se viver, sendo a província que mais contribuiu para o aumento da inflação para 2,58%, em segundo lugar surge a província do Bengo com 2,07% e no terceiro lugar aparece o Zaire com 2,01%.

As províncias que mais facilitaram o custo de vida em Junho foram: Lunda Sul (1,20%), Huambo (1,22%) e Cuanza-Sul (1,28%).

Entretanto, em termos de bens de consumo, duas classes de despesa tiveram preços mais baratos no mercado nacional, nomeadamente, comunicação (0,99%) e educação, que nada contribuiu para o aumento dos preços.

A saúde vem dominar os preços no mercado pela terceira vez consecutiva, tornando-se o produto mais caro com 2,70%, em segundo lugar foram vestuário e calçados, com 2,67%, bens e servicos diversos segue com 2,62%. Adicionalmente, os produtos que mais custaram dinheiro da população: hotéis, café e restaurantes (2,56%).

A tabela da inflação fecha com a alimentação e bebidas que mais custou dinheiro aos consumidores (2,21%).

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