A Nossa Seguros, seguradora detida em 72% pelo Banco Angolano de Investimentos (BAI), reportou um resultado líquido do exercício (RLE) calculado em AOA 10,92 mil milhões (US$ 11,97 milhões) no ano transacto, o que representa uma alta de 30,10%, quando se compara com os AOA 8,39 mil milhões (US$ 10,12 milhões) obtidos em 2023, uma alta diferencial de AOA 2,57 mil milhões (US$ 3,04 milhões).
Esse resultado espelha o maior lucro dos últimos 6 anos, de acordo com a síntese dos indicadores financeiros divulgada pela seguradora.
O presidente da Comissão Executiva (PCE), Alexandre Carreira, afirmou que este crescimento foi impulsionado pelo aumento do volume de negócios e por uma aposta consistente na transformação digital e na inovação de produtos.
“O crescimento foi visível no número de apólices emitidas, que aumentou 9%, totalizando 236 163 contratos”, disse Carreira.
Em 2024, o prémio bruto emitido, que corresponde o valor total de apólices de seguro vendidas pela seguradora, atingiu um montante de AOA 78,04 mil milhões (US$ 85,57 milhões), mais 43,58% em relação ao período homólogo, cujo montante se fixara em AOA 54,35 mil milhões (US$ 65,58 milhões).
Na mesma trajectória de crescimento aparece o Activo Líquido, recursos que facilmente podem ser convertidos em dinheiro sem perda significativa de valor, alcançando um registo de AOA 134,81 mil milhões (US$ 147,82 milhões) face aos AOA 103,09 mil milhões (US$ 124,38 milhões). Um reforço na riqueza da Seguradora de 30,76% e a maior dos últimos 4 anos.
O capital próprio, outro indicador importante relativo à saúde financeira da empresa, registou uma alta de 26,08% saindo de AOA 29,50 mil milhões (US$ 35,60 milhões) em 2023 para AOA 37,20 mil milhões (US$ 40,79 milhões) em 2024. O reforço de solidez financeira acontece há 7 anos consecutivos, desde 2018, numa média de 18,95%, calculou o O Telegrama.
A cobertura legal de provisões técnicas, valores reservados para honrar os compromissos com os segurados relativos a sinistros ocorridos, como indeminizações e benefícios, reduziu para 143%, uma queda de 55 pontos percentuais (pp) em relação a 2023, quando se fixara em 198%. Apesar desta queda, os indicadores de provisões técnicas mantêm-se acima dos limites regulamentares.
A Margem de Solvência, indicador que descreve a capacidade da empresa em cumprir com as suas obrigações, registou igualmente um tombo. Os dados indicam um recuo de 45 pontos percentuais (pp), saindo de 306% para 261%.