Angola usou cerca de US$ 200 milhões como garantia adicional para um empréstimo de mil milhões do maior banco norte-americano JPMorgan, depois de o impacto das novas tarifas impostas por Trump terem afectado os títulos em dólares e a queda do brent referência para as exportações de Angola.
A Bloomberg noticiou que esses US$ 200 milhões foram agora utilizados para responder a uma ‘chamada de margem’ (ou margin call, em inglês) no empréstimo concedido pelo JPMorgan devido à turbulência do mercado que afetava os títulos.
Em explicação mais simples, trata-se de uma medida automática de controlo de risco que protege tanto o investidor como a instituição contra perdas pronunciadas nos mercados. Por definição é quando o corrector pede ao cliente que transfira capital para restabelecer os rácios combinados ou, se não puder, que venda os títulos.
Angola emitiu em Dezembro de 2024 e em Janeiro de 2025 cerca de 2 mil milhões de dólares em obrigações como garantia de um empréstimo de mil milhões de dólares do banco americano.
“O cenário actual afectou os mercados de commodities e eurobonds nos mercados emergentes, incluindo o nível de negociação de eurobonds, tendo desencadeado uma chamada de margem”, referiu num comunicado o Governo, acrescentando que “Angola cumpriu a sua obrigação em tempo útil e em dinheiro”.