Finanças & Wall Street

Angola desembolsa US$ 200 milhões para responder a “margin call” do empréstimo do JPMorgan

Adnardo Barros

, Bloomberg

14 Abril, 2025 - 19:22

Adnardo Barros

Bloomberg

14 Abril, 2025 - 19:22

Os títulos angolanos em moeda norte-americana foram negativamente atingidos depois de o presidente dos EUA ter anunciado tarifas abrangentes na semana passada e ter suspendido algumas delas apenas algumas horas após terem entrado em vigor. Para evitar perdas irreparáveis, Angola colocou em prática o mecanismo de defesa devido à turbulência nos mercados e com vista a proteger o interesse do investidor

Angola usou cerca de US$ 200 milhões como garantia adicional para um empréstimo de mil milhões do maior banco norte-americano JPMorgan, depois de o impacto das novas tarifas impostas por Trump terem afectado os títulos em dólares e a queda do brent referência para as exportações de Angola.

A Bloomberg noticiou que esses US$ 200 milhões foram agora utilizados para responder a uma ‘chamada de margem’ (ou margin call, em inglês) no empréstimo concedido pelo JPMorgan devido à turbulência do mercado que afetava os títulos.

Em explicação mais simples, trata-se de uma medida automática de controlo de risco que protege tanto o investidor como a instituição contra perdas pronunciadas nos mercados. Por definição é quando o corrector pede ao cliente que transfira capital para restabelecer os rácios combinados ou, se não puder, que venda os títulos.

Angola emitiu em Dezembro de 2024 e em Janeiro de 2025 cerca de 2 mil milhões de dólares em obrigações como garantia de um empréstimo de mil milhões de dólares do banco americano.

“O cenário actual afectou os mercados de commodities e eurobonds nos mercados emergentes, incluindo o nível de negociação de eurobonds, tendo desencadeado uma chamada de margem”, referiu num comunicado o Governo, acrescentando que “Angola cumpriu a sua obrigação em tempo útil e em dinheiro”.

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