O Banco Económico (BE), presidido por Jorge Ramos, registou, nos primeiros nove meses de 2024, um prejuízo de AOA 55 mil milhões, equivalente a US$ 59 milhões, calculados à taxa de câmbio do último dia de Setembro praticado pelo Banco Nacional de Angola (BNA).
Comparado com o segundo trimestre imediatamente anterior, os dados compilados do balancete indicam um crescimento negativo de 44%, uma vez que no período em referência o prejuízo foi de AOA 38 mil milhões (US$ 46 milhões).
Em termos homólogos, a instituição financeira viu o lucro sair de AOA 89 mil milhões (US$ 107 milhões) para prejuízo, com a riqueza do banco a cair 22% para AOA 709 mil milhões (US$ 754 milhões).
Os fundos próprios da entidade financeira, capitais colocados ou deixados pelos accionistas à disposição da empresa, saíram de -147 mil milhões (US$ 178 milhões) no terceiro trimestre de 2023 para -627 mil milhões (US$ 667 milhões) no igual período deste ano.
Os depósitos que constituem uma fonte de captação de recursos para o banco reduziram ligeiramente 5%, tendo-se fixado em AOA 979 mil milhões (US$ 1.04 milhões), quando no período homólogo se fixara em AOA 1,03 mil milhões (US$ 1,2 milhões).
O banco de importância sistémica continua sem capacidade de gerar valores para o futuro. A sua riqueza caiu 22% para AOA 709 mil milhões (US$ 754 milhões), fortemente impactado pela queda no montante da rubrica “caixa e disponibilidade”. Esta rubrica, que diz respeito a recursos líquidos que uma entidade comercial possui, caiu 42% para AOA 81 mil milhões (US$ 86 milhões). Os dados contábeis do período homólogo de 2023 estavam calculados em 140 mil milhões (US$ US$ 169 milhões).
Nota positiva para o crédito a clientes que teve uma alta de 48% para AOA 84 mil milhões (US$ 89 milhões). Ouve também mais investimentos em títulos e valores mobiliários, que saíram de AOA 95 mil milhões (US$ 115 milhões) para AOA 148 mil milhões (US$ 89 milhões).