Finanças & Wall Street

Banco Económico afunda no prejuízo mas concede mais crédito

Adnardo Barros

23 Dezembro, 2024 - 01:24

Adnardo Barros

23 Dezembro, 2024 - 01:24

O ex-BESA continua de mal a pior com quedas nas principais rubricas das demonstrações financeiras. Os fundos próprios saíram de -147 mil milhões (US$ 178 milhões) no terceiro trimestre de 2023 para -627 mil milhões (US$ 667 milhões) no igual período de 2024

O Banco Económico (BE), presidido por Jorge Ramos, registou, nos primeiros nove meses de 2024, um prejuízo de AOA 55 mil milhões, equivalente a US$ 59 milhões, calculados à taxa de câmbio do último dia de Setembro praticado pelo Banco Nacional de Angola (BNA).

Comparado com o segundo trimestre imediatamente anterior, os dados compilados do balancete indicam um crescimento negativo de 44%, uma vez que no período em referência o prejuízo foi de AOA 38 mil milhões (US$ 46 milhões).

Em termos homólogos, a instituição financeira viu o lucro sair de AOA 89 mil milhões (US$ 107 milhões) para prejuízo, com a riqueza do banco a cair 22% para AOA 709 mil milhões (US$ 754 milhões).

Os fundos próprios da entidade financeira, capitais colocados ou deixados pelos accionistas à disposição da empresa, saíram de -147 mil milhões (US$ 178 milhões) no terceiro trimestre de 2023 para -627 mil milhões (US$ 667 milhões) no igual período deste ano.

Os depósitos que constituem uma fonte de captação de recursos para o banco reduziram ligeiramente 5%, tendo-se fixado em AOA 979 mil milhões (US$ 1.04 milhões), quando no período homólogo se fixara em AOA 1,03 mil milhões (US$ 1,2 milhões).

O banco de importância sistémica continua sem capacidade de gerar valores para o futuro. A sua riqueza caiu 22% para AOA 709 mil milhões (US$ 754 milhões), fortemente impactado pela queda no montante da rubrica “caixa e disponibilidade”. Esta rubrica, que diz respeito a recursos líquidos que uma entidade comercial possui, caiu 42% para AOA 81 mil milhões (US$ 86 milhões). Os dados contábeis do período homólogo de 2023 estavam calculados em 140 mil milhões (US$ US$ 169 milhões).

Nota positiva para o crédito a clientes que teve uma alta de 48% para AOA 84 mil milhões (US$ 89 milhões). Ouve também mais investimentos em títulos e valores mobiliários, que saíram de AOA 95 mil milhões (US$ 115 milhões) para AOA 148 mil milhões (US$ 89 milhões).

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Adnardo Barros

EDITOR DE FINANÇAS & WALL STREET

Adnardo José Barros é Editor de Finanças & Wall Street no O Telegrama. Começou a carreira de jornalista económico em 2021 no Jornal Mercado e, mais tarde, pela Forbes África Lusófona. Licenciado em Economia pela Universidade Católica de Angola (UCAN), foi técnico de contas no Banco BAI Microfinanças (BMF) e possui ainda formações em auditoria, contabilidade e fiscalidade.
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