Finanças & Wall Street

Banco Económico. Quem vai suceder a Victor Cardoso?

Adnardo Barros

12 Julho, 2024 - 17:50

Adnardo Barros

12 Julho, 2024 - 17:50

A assembleia-geral desta sexta-feira (12) está sob olhar atento do órgão supervisor do sistema financeiro nacional, o Banco Nacional de Angola, que poderá intervir para evitar a liquidação da instituição bancária. O Banco Económico, sucedâneo do Banco Espírito Santo Angola, está no fim da linha para insolvência

O Banco Económico (BE) reúne, hoje, os seus accionistas em assembleia-geral para discutir o futuro da entidade bancária, que, nos últimos anos, tem vindo a somar prejuízos cíclicos.

O banco (ainda) liderado por Victor Manuel de Faria Cardoso, que pediu demissão em Maio de 2024, um ano após assumir a presidência da Comissão Executiva, está em falência técnica, apresentando um passivo avaliado em 1,3 biliões Kz (1,6 mil milhões USD), valores superiores ao activo de 908 mil milhões Kz (mil milhões USD), segundo informação espelhada no balancete do IV de 2023.

Além do assunto relativo ao preenchimento da vacatura na presidência da Comissão Executiva, na sequência da autodemissão de Victor Manuel Cardoso, os accionistas vão ainda analisar as contas da entidade. A aprovação dos relatórios e contas dos últimos dois anos, nomeadamente 2022 e 2023, cujo atraso da publicação há muito furou os limites legais, denuncia uma situação anómala sobre a situação financeira do banco.

O Expansão avança que alguns dos antigos administradores, “conhecedores das contas do banco”, disseram que “o facto de o BNA ter levado demasiado tempo a agir, leva a uma situação irreversível – ou aparece um investidor com dinheiro disponível para “salvar” o banco, o que consideram muito improvável face às actuais condições da instituição e do País, ou tem de avançar para um processo de liquidação”.

Entretanto, num relatório sobre as primeiras discussões de avaliação após-financiamento com Angola (PFA), o FMI chegou a alertar o BNA para encontrar uma resolução rápida e profunda, para se evitar a acumulação de mais perdas operacionais do banco que tem como accionista uma entidade anónima, gerido pela sociedade gestora de activos, a Independent Finance Advisors, em cuja presidência está Francisco Garcia dos Santos, um antigo administrador da Bolsa de Dívida e Valores de Angola (BODIVA) e consultor financeiro independente nos ministérios das Finanças de Angola e Cabo Verde.

O banco tem, neste momento, três administradores executivos, nomeadamente Elisa de Jesus Francês Baptista, Katila Perera Santos Rigal e Jorge Pereira Ramos.

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