Finanças & Wall Street

BNI encerra 2024 com lucro de US$ 9,4 milhões 

Adnardo Barros

29 Janeiro, 2025 - 11:17

Adnardo Barros

29 Janeiro, 2025 - 11:17

O aumento no lucro pode ser justificado pelos retornos provenientes dos investimentos em activos financeiros, como em aplicações feitas em bancos centrais e compra de títulos e valores mobiliários e os juros sobre os empréstimos concedidos

O Banco de Negócios Internacional (BNI) obteve um lucro líquido de AOA 8,6 mil milhões, equivalente a 9,4 milhões de dólares norte-americanos, no exercício económico de 2024, conforme os dados preliminares do balancete individual publicado pela entidade.

Este resultado é 684% superior ao registado em 2023, quando a instituição captou AOA 1,09 mil milhões (US$ 1,3 milhões), segundo o seu Relatório & Contas. O património líquido fixou-se em AOA 55 mil milhões (US$ 61 milhões) face aos 51 mil milhões (US$ 62 milhões) no igual período do ano transacto.

Um empurrão dos investimentos em activos financeiros e aumento da carteira de crédito alargou a riqueza do banco para 532 mil milhões (US$ 583 milhões).

A rubrica de “títulos e valores mobiliários” cifrou-se em 112 mil milhões (US$ 123 milhões), quando, no igual período, se calculava em 102 mil milhões (US$ 112 milhões).

A carteira de crédito, rubrica de maior peso sobre o activo, somou AOA 145 mil milhões (US$ 159 milhões), representando uma alta de 12% em relação aos AOA 129 mil milhões (US$ 156 milhões) do ano transacto.

O saldo da conta corrente à vista no exercício económico assistiu a uma melhoria, com um crescimento de 31%, ou seja, AOA 98 mil milhões (US$ 107 milhões).

Por outro lado, os recursos de clientes saíram de AOA 334 mil milhões (US$ 404 milhões) para AOA 398 mil milhões (US$ 437 milhões). O rácio de transformação que mede a relação entre os empréstimos concedidos por um banco e os depósitos que ele recebe foi de 39%.

As provisões cresceram 2% para 2 mil milhões (US$ 2,1 milhões) e o passivo total no final do período foi de AOA 476 mil milhões (US$ 522 milhões), um aumento de 27%, quando comparado com o período homólogo em que se calculou em 374 mil milhões (452 milhões).

No intuito de salvaguardar eventuais perdas, proteger os depósitos dos clientes e garantir a continuidade do negócio, os accionistas colocaram à disposição da empresa AOA 47 mil milhões (US$ 51 milhões), embora este valor represente uma redução de 4% em relação aos AOA 49 mil milhões (US$ 59 milhões) do período homólogo.

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Adnardo Barros

EDITOR DE FINANÇAS & WALL STREET

Adnardo José Barros é Editor de Finanças & Wall Street no O Telegrama. Começou a carreira de jornalista económico em 2021 no Jornal Mercado e, mais tarde, pela Forbes África Lusófona. Licenciado em Economia pela Universidade Católica de Angola (UCAN), foi técnico de contas no Banco BAI Microfinanças (BMF) e possui ainda formações em auditoria, contabilidade e fiscalidade.
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