No primeiro trimestre de 2025, as negociações no Wall Street de Luanda registaram um montante de AOA 1,29 biliões (US$ 1,41 mil milhões), o que representa uma alta de 7,5% na comparação com o período homólogo, cujas negociações foram calculadas em AOA 1,20 biliões (US$ 1,44 mil milhões).
Dados do relatório do primeiro trimestre, divulgado pela BODIVA, indicam que foram fechados 4 640 negócios no período compreendido, num montante médio mensal de AOA 429,91 mil milhões (US$ 471,39 milhões), sendo que o maior registo negociado foi em Janeiro, atingindo AOA 633,24 mil milhões (US$ 694,34 milhões).
As Unidades de Participação do Fundo de Investimentos foram as menos apetecível, com 0,01%, e o Mercado de Bolsa de Acções (MBA) representaram 0,06%. Os Títulos com maturidade de 1 ano e com a data de vencimento até 2026 foram os mais negociados, tendo somado um montante de AOA 460,78 mil milhões (US$ 505,24 milhões), representando um peso de 35,75% sobre o total negociado.
Por outro lado, os títulos do tesouro transacionados em mercado secundário da bolsa representaram uma média de 4,25% do Stock da Dívida Pública interna titulada.
Dos investidores que fecharam negócios com os intermediários financeiros no mercado secundário da BODIVA, as instituições financeiras tiveram um peso de 88,03%, transacionando AOA 1,10 biliões (US$ 1,21 mil milhões). As empesas do sector não financeiro investiram AOA 135,20 mil milhões (US$ 148,25 milhões), com um peso de 10,48%, e os investidores particulares representaram apenas 3,24% para um investimento calculado em AOA 44,97 mil milhões (US$ 49,31 milhões).
Em relação ao montante negociado por tipologia de valores mobiliários, as Obrigações de Tesouro Não Reajustáveis (OT-NR) despertaram maior apetite dos investidores (56,70%), e a seguir as Obrigações do Tesouro em Moeda Estrangeira (OT-ME) (41,18%).
“As Yields em mercado secundário em negociações na bolsa para as Obrigações do Tesouro indexado à Taxa de câmbio (OT-XC) e Obrigações de Tesouro Não Reajustáveis (OT-NR) registaram um aumento na rentabilidade exigida pelos investidores”, informou a entidade presidida por Cristina Lourenço.
Os negociadores do mercado
Entre os 17 (dezassete) membros de intermediação financeira, três tiveram maior desempenho nas negociações com uma concentração de 69,86% da quota do mercado. O Banco Nacional de Angola (BNA) liderou o ranking, com um montante calculado em AOA 854,35 mil milhões (US$ 936,78 milhões), ocupando uma quota de 32,15%.
A BFA Capital Markets ocupou a segunda posição, negociando AOA 494,86 mil milhões (US$ 542,60 milhões), o que correspondeu a 20,36%.
Na terceira posição surge a AUREA- SDVM, com uma quota de mercado de 17,35%, tendo negociado AOA 421,61 mil milhões (US$ 462,29 milhões). A Resultados SCVM, que transacionou um montante de AOA 850,78 milhões (US$ 932,87 mil), surge na última posição com a quota de 0,04%.