O montante aplicado em depósitos a prazo em moeda nacional e estrangeira de residentes, no primeiro semestre de 2024, cresceu 3% no primeiro semestre de 2024 face ao segundo semestre de 2023. A calculadora do O Telegrama olhou para oito bancos que publicaram o relatório e contas do primeiro semestre. Os números apontam para um total de AOA 5,9 biliões, correspondente a US$ 6,97 mil milhões contra os AOA 5,7 biliões (US$ 6,95 milhões).
Entre os oito bancos, nomeadamente o Banco de Fomento Angola (BFA), Banco Caixa Geral Angola (BCGA), Banco de Poupança e Crédito (BPC), Banco Angolano de Investimentos (BAI), Banco de Negócios Internacional (BNI), Banco Millennium Atlântico (BMA), Banco de Comércio e Indústria (BCI) e o Standard Bank Angola (SBA), o banco presidido por Luís Filipe Rodrigues Lélis foi que mais captou dos aforradores com uma captação de AOA 1,8 biliões (US$ 2,1 mil milhões).
O BFA, dominado por depósitos de empresas, é o segundo com uma captação de AOA 1,6 biliões (US$ 1,9 mil milhões), seguido pelo BMA AOA 954 mil milhões (US$ mil milhões). O BPC e o Caixa Geral de Angola completam o top cinco com AOA 572 mil milhões (US$ 671 milhões) e AOA 338 mil milhões (US$ 397 milhões), respectivamente.
Os depósitos de empresas, de acordo com os relatórios dos bancos, foi de cerca AOA 2,66 biliões (US$ 3,1 mil milhões), uma redução de 0,001% face ao segundo semestre de 2023 cujo montante calculado se cifrou em AOA 2,67 biliões (US$ 3,2 mil milhões).
Do lado dos particulares, houve um aumento de AOA 38 mil milhões (US$ 45 milhões) nas aplicações a prazo, demonstrando, assim, o interesse dos investidores nos produtos bancários, com a transformação dos seus depósitos à vista em deposito a prazo. Até 30 de Junho, o montante aplicado foi de AOA 1,96 biliões (US$ 2,3 mil milhões) contra AOA 1,92 biliões (US$ 2,35 mil milhões), um crescimento de 2%.
Apesar de as taxas de juros não serem tão atractivas, os investimentos nos mercados financeiros estão mais dinâmicos ante o interesse da população em aprender e investir.
No mercado angolano existem diferentes instrumentos financeiros que permitem os investidores montarem sua carteira, desde os que representam menos riscos, nomeadamente depósitos a prazos e títulos do governo e obrigações corporativas, aos que representam um nível acentuado de risco, como acções.
Em Kwanza, a moeda oficial nacional, a ordem dos depósitos subiu 6% para AOA 3,2 biliões (US$ 3,7 mil milhões) face os 3,02 biliões (US$ 3,6 mil milhões) registados até Dezembro de 2023. Os depósitos a prazo, por prazos de maturidade residual de 3 a 6 meses e até 1 ano, foram os que mais captaram atenção dos aforradores.
