O governo do Banco Central angolano moveu um processo contra o Presidente da Comissão Executiva do Banco Yetu, instituição financeira de importância não sistémica, forçando-o a suspender as suas funções.
João da Costa Ferreira está indiciado num processo de contravenção de venda e compra ilegal de divisas. Fonte do Banco Central confidenciou ao o O Telegrama que o processo sancionatório, que deduziu numa acusação, está relacionado com o “incumprimento do dever de gestão sã e prudente das instituições financeiras”.
Outrossim, o regulador do sistema financeiro, moveu uma acção contra o principal gestor daquela entidade bancária, por violação de cumprimento das “normas sobre a concorrência” e “prática de actos desleais e abusivos”, com o objectivo de obter vantagem injusta sobre seus concorrentes no mercado cambial”, através de concertações com algumas sociedades empresariais.
O gestor de topo da banca está também indiciado na violação do “código de conduta dos mercados interbancários e manipulação de preços”, estabelecido na alínea b) do artigo 7.º do Aviso n.° 13/2011, de 24 de Outubro.
A decisão do Banco Nacional de Angola, assinada pelo director e subdirector do Departamento de Regulação e Organização do Sistema Financeiro, Cândido Pina e Alves Ferreira, respectivamente, foi tomada em Outubro último.
João da Costa Ferreira, que assumiu as funções em Abril deste ano, já prestou declarações em sede de interrogatório, informação que o próprio confirmou em conversa com o O Telegrama, tendo, entretanto, desmentido a sua “suspensão”.
Internamente, o Banco Yetu informou aos seus colaboradores que o seu principal gestor se encontra em gozo de férias, mas há cerca de dois meses que o Banco está ser dirigido, interinamente, por Paulo Jorge da Cunha Fontes, actual administrador executivo e antigo PCE do Banco.