Finanças & Wall Street

Kwanza valoriza após injecção de divisas pelo BNA

Adnardo Barros

3 Outubro, 2024 - 19:58

Adnardo Barros

3 Outubro, 2024 - 19:58

A moeda nacional registou uma ligeira apreciação, naquela que é a segunda nesta semana, face às moedas de referência das importações. Na terça-feira,1 de Outubro, a moeda estava a valer US$/951 e 1054 kwanzas por euros. Ontem, registou a primeira apreciação passando para Dolar/930 e Euro/1029 AOA. Já hoje, 3 de Outubro, a moeda registou a segunda apreciação estando a custar 1 US$ a 915 AOA e 1 euro a AOA 1010 apurou o O Telegrama com base na taxa de câmbio diária do BNA

Banco Nacional de Angola (BNA) disponibilizou cerca de US$ 250 milhões aos bancos comerciais para a cobertura das operações cambiais destinadas à importação de bens alimentares e medicamentos.

Um comunicado da entidade divulgado ontem, quarta-feira (2), avança que foram vendidos aos bancos comerciais US$ 71 milhões à taxa de 935 kwanzas por cada dólar, sendo que o montante remanescente será, igualmente, disponibilizado para a venda aos bancos comerciais ao longo da semana em curso.

Esta é a quarta vez que o banco central volta ao mercado depois de, em Maio último, ter disponibilizado US$ 200 milhões aos bancos comerciais. Em Fevereiro, foram comercializados US$ 300 milhões e, em Janeiro, US$ 836 milhões.

O kwanza tem apresentado uma desvalorização constante desde o início do ano, embora de forma relativamente gradual, tanto frente ao dólar quanto ao euro. Essa tendência é, particularmente, relevante no contexto da economia angolana, que enfrenta desafios significativos, como a volatilidade dos preços do petróleo, que ainda é a principal fonte de receitas do país.

Dados desta quinta-feira do BNA indicam que são precisos AOA 915 para comprar uma nota de dólar americano e AOA 1010 por euro.

Segundo o relatório da evolução cambial publicado esta quarta-feira, 18 de Setembro, cerca de US$ 5 mil milhões foi o montante adquirido pelos bancos comerciais no mercado cambial durante os primeiros seis meses do ano em curso para fazer face à pressão dos clientes por falta de divisas nas suas operações.

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