Finanças & Wall Street

Lucro do Banco Millennium Atlântico cresce 85% para US$ 18 milhões em 2024

Adnardo Barros

17 Fevereiro, 2025 - 17:24

Adnardo Barros

17 Fevereiro, 2025 - 17:24

Os números apresentados nas demonstrações financeiras da instituição presidida por Miguel Raposo Alves revelam um banco estável, apesar de se assistir a um recuo na maioria das principais rubricas que constituem o volume de negócios

O Banco Millennium Atlântico (BMA) encerrou o ano de 2024 com um resultado líquido de AOA 16,8 mil milhões (US$ 18 milhões), um aumento de 85% face aos AOA 9 mil milhões (US$ 10 milhões) alcançados no ano anterior.

De acordo com os números espelhados no balancete do quarto trimestre, ainda não auditado, apesar deste resultado positivo, as principais rubricas que compõem o volume de negócios estiveram em queda.

A rubrica caixa e disponibilidade, que se refere à capacidade de a empresa de cumprir com suas obrigações financeiras a curto prazo, foi calculada em AOA 363 mil milhões (US$ 399 milhões) ante os AOA 451 mil milhões (US$ 544 milhões) no igual período do ano imediatamente anterior, representando uma queda de 19%.

Os investimentos em activos financeiros, nomeadamente a rubrica títulos e valores mobiliários, tiveram um recuo de 6%, saindo de AOA 817 AOA mil milhões (US$ 987 milhões) em 2023 para AOA 768 mil milhões (US$ 842 milhões) no final do ano passado.

Os recursos de cliente e outros empréstimos que compõem todos os fundos e investimentos que um cliente deposita no banco reduziram 8%. Se em 2023 foram calculados em AOA 1,8 biliões (US$ 2,2 mil milhões), no final de 2024 esta rubrica contabilizou AOA 1,7 biliões (US$ 1,8 mil milhões).

O activo do banco, que representa a riqueza da empresa, também emagreceu para AOA 2 biliões (US$ 2,1 mil milhões), quando, no período homólogo, estava contabilizado em AOA 2,08 biliões (US$ 2,5 mil milhões).

Nota positiva vai para a carteira de crédito que teve um crescimento considerável, com o registo de um incremento no valor de AOA 6 mil milhões (US$ 6,9 milhões) para AOA 485 mil milhões (US$ 532 milhões).

Uma tendência de crescimento tem sido notada nos níveis dos fundos próprios, que saíram de AOA 202 mil milhões (US$ 244 milhões) para AOA 214 mil milhões em 2024 (US$ 234 milhões), revelando, desta forma, uma base financeira sólida e estabilidade de longo prazo.

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Adnardo Barros

EDITOR DE FINANÇAS & WALL STREET

Adnardo José Barros é Editor de Finanças & Wall Street no O Telegrama. Começou a carreira de jornalista económico em 2021 no Jornal Mercado e, mais tarde, pela Forbes África Lusófona. Licenciado em Economia pela Universidade Católica de Angola (UCAN), foi técnico de contas no Banco BAI Microfinanças (BMF) e possui ainda formações em auditoria, contabilidade e fiscalidade.
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