Esta guardada a sete chaves a lista dos nomes que vão compor e abandonar os órgãos sociais do Banco Yetu. No segundo piso da Torre Maculusso, na rua Frederico Welwitsch, em Luanda, paira um clima de secretismo à volta da futura administração do banco detido em 75,96% pelo banqueiro Elias Piedoso Chimuco.
Fonte do O Telegrama dá conta da continuidade de Abrahão Pio dos Santos Gourgel nas funções de presidente do Conselho de Administração, assim como a de Maria Henriques da Silveira, actual vice-presidente do banco e antiga administradora executiva do Banco de Poupança e Crédito (BPC).
Há incertezas quanto à continuidade de Mário Gavião na presidência da Comissão Executiva, entretanto, o facto de ter cumprido apenas um mandato, iniciado a 19 de Abril de 2021, é possível que os accionistas venham a subscrever a continuidade de Gavião na condução do órgão de gestão corrente do Banco. Mas nada está garantido, até porque, desde a sua fundação, a 18 de Setembro de 2015, nenhum dos antecessores de Gavião cumpriu dois mandatos, nomeadamente, António André Lopes (que chegou a renunciar ao cargo para assumir a liderança do BPC) e Paulo da Cunha Fontes (2018-2021).
No próximo sábado, 13 de Abril, de acordo com a convocatória datada de 12 de Março, assinada pelo presidente da mesa da Assembleia-Geral e accionista maioritário, Elias Piedoso Chimuco, o Banco Yetu reúne os accionistas para, além da eleição dos órgãos sociais para o triénio 2024-2026, passar em revista o desempenho da administração e a fiscalização da sociedade em 2023.
DÉCIMO QUARTO BANCO
Os donos do banco com activos estimados em 129 mil milhões de kwanzas vão ainda deliberar sobre o relatório de gestão e as contas do ano transacto e o relatório de governo societário.
No exercício civil de 2023, o Banco Yetu ocupou o 14.º lugar entre os bancos mais lucrativo da banca nacional, apresentando um resultado líquido positivo de 8,816 mil milhões de kwanzas.
A estrutura societária do banco é constituída em 86,31% pelo casal Elias Chimuco e Margarida Andrade, seguindo Deolindo Bule Chimuco (irmão de Elias Chimuco), com 10,35%, e as restantes participações estão em nome do ministro da Defesa Nacional, João Ernesto dos Santos (1,67 %), e Manuel Francisco Tuta (1,67 %).