O objectivo do encontro técnico é analisar e aprovar o plano de recapitalização e reestruturação da entidade financeira bancária, num memorando proposto pela actual Comissão Executiva, tendo em conta as quedas cíclicas nas receitas, contaminadas pelo aumento das Provisões para Devedores Duvidosos (PDD).
A imprensa não foi convidada para a cobertura deste acto que terá lugar amanhã, quinta-feira (23.01), cujo documento que convoca os accionistas para uma Assembleia-Extraordinária foi assinada a 10 de Dezembro, pelo presidente da Mesa da Assembleia-Geral de Accionistas, o economista Diógenes do Espírito Santo Oliveira.
Outros temas na agenda serão, também, a apreciação do Orçamento para 2025 e a aprovação do novo instrumento sobre a política de remuneração dos Órgãos Sociais do Banco, o instrumento que define como serão remunerados os membros dos órgãos de administração, conselho fiscal e mesa da assembleia-geral.
Tal como referimos anteriormente, o processo de reestruturação do banco de importância sistémica doméstica é uma aposta da nova administração executiva, liderada por Osvaldo Salvador Lemos Macaia, coadjuvado por cinco administradores executivos, nomeadamente Ema Coelho Gonçalves, Paula Tavares Monteiro, Sandro Nogueira da Silva, Samahaina da Silva Saúde, Vlademir Castelo Branco da Cunha e Viriato Fernandes Capita, designados nas respectivas funções em Maio de 2023.
Os dados contábeis mais recentes do Banco Sol indicam um declínio cíclico desde o exercício económico de 2023, tendo, no terceiro trimestre do ano passado, registado um prejuízo na ordem de AOA 825 milhões, correspondente a US$ 877 mil, à taxa de câmbio do Banco Central. Um bom exemplo do declínio pode ser analisado do lucro obtido no período homólogo (3ºT) de 2023, que se fixara em AOA 16 mil milhões (US$ 19 milhões).
Estrutura accionista até 31 de Dezembro de 2023
O Banco Sol é o quarto maior banco em volume de clientes, a seguir ao BFA, BPC e BAI, e tem uma estrutura societária composta por pouco mais de 10 entidades, sendo Sansul., S.A, com 51%, Coutinho Nobre Miguel com 11,75%, Fundação Lwini com 10%, António Mosquito com 6,33%, Noé José Baltazar com 5,42%, Ana Paula dos Santos com 5,42%, Sociedade de Comércio com 5,42%, Júlio Marcelino Bessa com 4,17% e outros com 0,49%.