Início da semana
A bolsa de Luanda abriu, na última segunda-feira (23), em estagnação. No Mercado da Bolsa de Acções (MBA), as acções das 4 (quatro) empresas, 2 (duas) empresas do sub-sector financeiro bancário e outras 2 (duas) dos sub-sectores financeiro não bancário, logo na abertura da bolsa negociaram a preço igual ao que fechou a semana passada (sexta-feira, 20).
As acções do BAI a AOA 55 mil (US$ 59,91) e do BCGA começou a negociar no zero. A ENSA e a BODIVA, instituições financeiras não bancárias, viram as suas acções a abrir a semana negociando a preços de AOA 22,20 mil (US$ 24,18) e 19,50 mil (US$ 21,24).
BNA revoga medida contra CEO do Banco Yetu
João da Costa Ferreira retoma ao board da instituição financeira, com a missão de redimensionar a imagem do banco de retalho no mercado financeiro, após ter sido suspenso pelo Banco Nacional de Angola. Além do PCE da entidade financeira de importância não sistémica, o processo de contravenção, movido pelo regulador, revogou a medida cautelar de suspensão do exercício de funções que haviam sido impostas a mais cinco directores de primeira linha do banco, nomeadamente o director da Área de Compliance (à data dos factos), Vander Nascimento, o director da Direcção de Mercados Financeiros, Pedro Rodrigues, a directora da Direcção de Operações, Iracema Rocha e, por último, o director da Área de Operações, António Manuel Rodrigues Carlos.
Banco Sol com lucro em declínio cíclico
Balancete revela que o Banco Sol está sem lucro, com um prejuízo de 877 mil dólares no III trimestre face ao período homólogo. Este comportamento nas demonstrações financeiras apresenta um declínio cíclico desde o exercício económico de 2023. Nos últimos nove meses, os donos do banco presidido por Osvaldo Lemos Macaia “desinvestiram” no negócio, com os recursos financeiros que pertencem aos accionistas a caírem 8% para AOA 69 mil milhões (US$ 73 milhões) contra AOA 76 mil milhões (US$ 92 milhões) no período homólogo.
Banco Económico vai de mal a pior
Ex-BESA, presidido por Jorge Pereira Ramos, ainda considerado um banco de importância sistémica pelo regulador BNA, registou, nos primeiros nove meses de 2024, colecionando mais um prejuízo de AOA 55 mil milhões, equivalente a US$ 59 milhões, um cíclico que vem a sete anos. A situação vai de mal a pior, os desinvestimentos dos accionistas saíram de -147 mil milhões (US$ 178 milhões) no terceiro trimestre de 2023 para -627 mil milhões (US$ 667 milhões) no igual período de 2024.
A primeira mulher no comando da ARSEG
Contabilista de 37 anos, Filomena Manjata assumiu o cargo de presidente do conselho de administração da ARSEG, a Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros, em substituição de Elmer Vivaldo de Sousa Serrão. É a primeira mulher no topo do organismo em 11 anos da existência do organismo.
Elmer Serrão substituiu Vanessa Simões na CMC
O Presidente da República procedeu, na sexta-feira (20.12), através de dois decretos, à exoneração de Andreia Vanessa Simões do cargo de presidente do Conselho de Administração da Comissão do Mercado de Capitais (CMC), e os administradores executivos Ludmila Cardoso dos Santos Dange e Sidney Júlio Pereira Teixeira. Nádia Kelly Pinheiro Graça Pinto e Edna Mascarenhas foram reconduzidas nos cargos de administradoras executivas.
Noutro decreto, João Lourenço nomeou Elmer Vivaldo de Sousa Serrão para o presidente do Conselho de Administração (PCA), em substituição de Vanessa Simões e, para as funções de administradores executivos, foram nomeados Herlander Sandro Afonso Diogo e Vasco João Mendes Januário.
Um dia histórico na BODIVA
Na primeira quinzena de Dezembro (09.12), sucedeu-se o apuramento da sessão especial de mercado regulamentado, referente à Oferta de Venda das Acções (OPV) da BODIVA, gestora da bolsa angolana, com os números da oferta e procura apontarem para um rácio de procura e oferta 778,94%, dados que revelou o alcance de um marco histórico de maior venda no mercado de acções.
A OPV de 30% do capital social da Bolsa de Dívida e Valores de Angola – Sociedade Gestora dos Mercados Regulamentados (BODIVA, SGMR) que abrangeu 180 mil acções, rendeu AOA 2,38 mil milhões (US$ 2,61 milhões), e o preço unitário de venda fixou-se em AOA 13.259, o valor máximo alguma vez transacionado no mercado de Ofertas Públicas de Venda de Acções.
Numa quarta-feira (11.12) foi colocada à negociação no Mercado de Bolsa de Acções (MBA) a totalidade das acções ordinárias representativas do capital social.