Finanças & Wall Street

Sucursal do Banco da China regista maior lucro de sempre em 2024

Adnardo Barros

28 Janeiro, 2025 - 10:46

Adnardo Barros

28 Janeiro, 2025 - 10:46

Apesar deste resultado histórico, a entidade financeira liderada por Yhang Haigong gerou um passivo na ordem de AOA 66 mil milhões (US$ 72 milhões), uma alta de 166% em relação ao exercício de 2023. Aguarda-se, entretanto, que o Relatório & Contas do período em referência venha explicar a origem deste passivo

A sucursal do Banco da China em Luanda divulgou os resultados do balancete referentes ao IV trimestre de 2024, com o registo de um lucro líquido de AOA 5,7 mil milhões, qualquer coisa como US$ 6,2 milhões, ao câmbio do último dia de Dezembro praticado pelo Banco Nacional de Angola.

Os resultados obtidos pelo banco chinês refletem um crescimento de 1667%, face aos AOA 323 milhões (US$ 391 mil) calculados no igual período de 2023.

Com uma estrututura focada nas áreas como a cooperação e comércio sino-angolanos, o banco apresentou um RAI (Resultado Antes de Impostos) calculado em AOA 8 mil milhões (US$ 8,7 milhões).

No quarto trimestre do ano transato, os fundos próprios atingiram a soma de AOA 20 mil milhões (US$ 21 milhões), resultado da injecção de dinheiro fresco por parte dos accionistas que aumentaram o investimento na empresa em cerca de AOA 8,1 mil milhões (US$ 8,9 milhões).

Se, em 2023, a riqueza do banco foi calculada em AOA 40 mil milhões (US$ 49 milhões), em 2024 houve um crescimento de 128% com o balancete a espelhar AOA 93,1 mil milhões (US$ 102 milhões).

Este feito deve-se a gestão eficiente da liquidez. A rubrica Caixa e Disponibilidade, indicador crucial para manter a liquidez e garantir que a empresa possa atender suas obrigações financeiras a curto prazo, saiu de AOA 12 mil milhões (US$ 14 milhões) em 2023 para AOA 49 mil milhões (US$ 53 milhões) em 2024.

Registou-se, também, um incremento do crédito a clientes na ordem dos 27%. O crédito concedido foi de AOA 17 mil milhões (US$ 19 milhões) face os AOA 13 mil milhões (US$ 16 milhões) do ano homólogo.

Houve, também, mais depósitos na comparação homóloga, saindo de AOA 8 mil milhões (US$ 10 milhões) para AOA 41 mil milhões (US$ 49 milhões), apresentando uma taxa de crescimento de 401%.

Depois de revelar-se no banco com maior rácio de transformação, fixando-se em 165%, a entidade financeira recuou para 42% no exercício passado.

Em 2024, o banco gerou mais passivo, tendo se fixado em AOA 66 mil milhões (US$ 72 milhões), depois dos 28 mil milhões (US$ 33 milhões) em 2023, uma alta de 166%.

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Adnardo Barros

EDITOR DE FINANÇAS & WALL STREET

Adnardo José Barros é Editor de Finanças & Wall Street no O Telegrama. Começou a carreira de jornalista económico em 2021 no Jornal Mercado e, mais tarde, pela Forbes África Lusófona. Licenciado em Economia pela Universidade Católica de Angola (UCAN), foi técnico de contas no Banco BAI Microfinanças (BMF) e possui ainda formações em auditoria, contabilidade e fiscalidade.

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